"Mundo justo neste aspecto: funcionário satisfeito, cliente satisfeito! Hierarquia é tão ilógico, às vezes não se sabe quem precisa mais de quem."
Estava eu a refletir sobre administração com um velho amigo, dissera com a frase acima defender a hierarquia em termos de organização, mas não de submissão por cada um estar dependente da participação do outro e o mundo seria justo no sentido que para ter cliente satisfeito é preciso um funcionário satisfeito e, graças a Deus, não o oposto. Empolgou (como sempre) e me enviou o seguinte texto:
Tempeia
Não se espante com o título, é sim estranho, acabo de cunhar a palavra. De verdade não usei um cunho, foi mesmo embaixo do chuveiro nesta noite de sexta-feira.
É que dizem muito por aí de BrainStorm, mas não tiveram a idéia de utilizar uma palavra em português. Pela lógica, tempeia. Decerto alguém já criara, mas eu que não vou ao Google descobrir se já me copiaram antes mesmo de eu a compor; o mundo ficou de certo modo sem graça com a era da colaboração em rede global.
Tome o caso de Darwin por exemplo, se o tio Gerard da esquina de baixo dum quarteirão qualquer francês tivesse notado a seleção natural sem navio e sem dinheiro, a França teria um cientista e a Inglaterra outro sem acusações de plágio.
Foi justamente observando o movimento de uma lagartixa do outro lado da janela do banheiro que criei um personagem, Otávio – O Lagartixa, o qual também possuía sua dama Irenice, uma mulher com uma fobia estranha de imaginar que sempre havia um pedaço de fio de cabelo em sua boca.
–Otávio, eu não posso mais ficar com você.
–Mas eu te amo.
–E se eu não te amar?
–Ainda te amo.
–E se eu te trair?
–Eu te amo
–E se eu te roubar?
–Irenice, é um crime, mas já disse que...
–E se eu for corintiana?
Poxa, dirá você, mas que lógica tem este texto? Faço engenharia mecânica, falemos um pouco disso retornando a nosso colega Darwin cuja seguinte frase, atribuída a ele, foi dita em palestra de inovação na inauguração do Fórmula SAE EESC E9: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Nesse ponto estou mais para físico filósofo grego que para engenheiro advogado romano a defender o saber por saber ainda que o conhecimento estivesse supostamente disponível a um ou dois cliques.
Falemos de motor, a gente admite toda essa mistura de combustíveis ou bagunça de informações, elas ficam densas e, de repente, uma faísca leva à explosão, só no quarto tempo se vão os produtos inúteis. E aí, colega, o mundo já caiu em outra maracutaia.
Esta conclusão, garanto que não é e cá está, só não revisarei o texto porque o tempo corre e o mundo muda rápido demais de tanto que se quer mudá-lo.
Claudinha estava certa, neobarroco existe.
Tome o caso de Darwin por exemplo, se o tio Gerard da esquina de baixo dum quarteirão qualquer francês tivesse notado a seleção natural sem navio e sem dinheiro, a França teria um cientista e a Inglaterra outro sem acusações de plágio.
Foi justamente observando o movimento de uma lagartixa do outro lado da janela do banheiro que criei um personagem, Otávio – O Lagartixa, o qual também possuía sua dama Irenice, uma mulher com uma fobia estranha de imaginar que sempre havia um pedaço de fio de cabelo em sua boca.
–Otávio, eu não posso mais ficar com você.
–Mas eu te amo.
–E se eu não te amar?
–Ainda te amo.
–E se eu te trair?
–Eu te amo
–E se eu te roubar?
–Irenice, é um crime, mas já disse que...
–E se eu for corintiana?
Poxa, dirá você, mas que lógica tem este texto? Faço engenharia mecânica, falemos um pouco disso retornando a nosso colega Darwin cuja seguinte frase, atribuída a ele, foi dita em palestra de inovação na inauguração do Fórmula SAE EESC E9: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Nesse ponto estou mais para físico filósofo grego que para engenheiro advogado romano a defender o saber por saber ainda que o conhecimento estivesse supostamente disponível a um ou dois cliques.
Falemos de motor, a gente admite toda essa mistura de combustíveis ou bagunça de informações, elas ficam densas e, de repente, uma faísca leva à explosão, só no quarto tempo se vão os produtos inúteis. E aí, colega, o mundo já caiu em outra maracutaia.
Esta conclusão, garanto que não é e cá está, só não revisarei o texto porque o tempo corre e o mundo muda rápido demais de tanto que se quer mudá-lo.
Claudinha estava certa, neobarroco existe.