Frio silente próximo à meia noite
Em meu quarto vazio de mundo estranho
Acaso a graça partiu com o sol?
Ermos noturnos momentos distraem-me
Caço no dia falta que não sei
Quiçá desde que seu beijo versejo
Perco-me sobre rumos e anseios
Tu, ofícios, espíritos e desejos
Tornei-me à minha amada um desatino
Então tenho o dever de retornar
Num tempo que poema fosse mágica
Faria deste um brado de perdão
Lembranças seriam doces, nostálgicas
Jamais sinônimos de sofreguidão
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