-Dr, hoje eu nem vou pedir dinheiro, mas se o doutor puder voltar naquela música...
Quiçá o mendigo de frente àquela rodoviária não tivesse ideia da tradução, porém fazia de seu significado.
Foi que, em noite da semana seguinte, o tal doutor, que doutorado só tinha de vida, gravou um CD, imprimiu com a capa original, embrulhou para presente e entregou ao rapaz que quis ouvir no próximo carro, quando o jovem motorista acelerou.
Gaspar, porém, não se sentiu mal, pois, quem sabe, a música ensina algo ao moleque. Fora, no entanto, o trânsito que o fizera acelerar, deu a volta naquele largo quarteirão, todavia não reconheceu o pedinte entre tantos e deixou o CD no chão.
Uma menina o encontrou, sua mãe pediu que o largasse e o fez sobre o balcão da loja de instrumentos musicais a 100m e um pescoção de onde havia pego.
Escrevi o texto acima em um celular de uns cinco anos, entre a entrada de uma cidade e sua rodoviária, domingo quinze de agosto. Continuaria a escrevê-lo e talvez continue e poste aqui.
Uma sexta-feira vinte, é sexta-feira, mas, há uma semana... E hoje, está tudo normal? Hey, não durma ainda, é sexta-feira, é muito bom dirigir à noite pelo centro, vá ao shopping vazio, converse. Não é sexta-feira 13, que possamos não ter medo de simplesmente conversar.
E qual seria a história daquele pedinte?
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